GLADIADOR FIGHT 2

Uma piada de mau gosto!

Convidada pelo organizador Rubens Evangelista para fazer uma breve cobertura do evento fiquei lisonjeada, acreditei que poderia mostrar um bom trabalho sendo desenvolvido em prol do esporte de contato baiano. Essa é a minha intenção com este blog.

Mesmo com alguma falhas, como horários de pesagem e outros problemas envolvidos nesta verificação de peso, horário de início do evento e outros problemas técnicos em sua estrutura, o Gladiador Fight 2 tinha tudo para deixar um marco no MMA Baiano.

O card apresentou lutas boas, lutadores da cidade de Jequié, e de outras cidades como Salvador, Vitória da Conquista e Itabuna prometendo uma grande evento (lançando a cidade no rol das lutas).

No entanto para lançar os lutadores da cidade o que aconteceu foi uma grande piada de mau gosto, e quem sentiu esse sabor amargo foram os soteropolitanos, prejudicados por uma arbitragem desqualificada e sem profissionalismo, que trabalhou de forma completamente equivocada.

O objetivo de promover a cidade foi em vão, creio eu que depois de ver os exemplos da falta de profissionalismo ocorrente na arbitragem do evento não haverão outros lutadores, nem mesmo de equipes pequenas interessados em participar de algum outro evento da JFC (Jequié Fight Center).

Essa matéria não é para protestar, desmoralizar a organização ou tentar justificar nada. Meu intuito é de informar sobre o esporte, notícias boas ou até mesmo que degradam o esporte como esta.

Como uma artista marcial e divulgadora da arte me sinto no dever de alertar para que estes erros possam ser banidos do nosso panorama de eventos esportivos.

A Bahia necessita de muito mais para que os esportes de contato cresçam, muito mais respeito com os nossos atletas.

Eu gostaria que a organização do Gladiador Fight apresentasse uma nota sobre o que aconteceu. É necessário apresentar ao publico uma justificativa para o cancelamento da luta principal do evento, entre o atleta de Jequié Darlan e o soteropolitano Calota, já que é o público que garante a “sobrevivência” dos nossos atletas e equipes.

Como veículo de informação tenho por obrigação informar aos amantes das lutas, leitores e espectadores. De forma parcial desejo apresentar os fatos e para isso é necessário ouvir as partes envolvidas.

Procurando o organizador Rubens após o evento e no dia seguinte para uma entrevista não tivemos sucesso, já que seu celular encontrava-se desligado.

Conversamos então com o professor representante da Nordeste Jiu Jtsu, equipe lesada no evento pela arbitrariedade na arbitragem.

A Justificativa do professor que se posicionou também para a organização do evento e o adversário do seu atleta é de que não continuaria sendo conivente com as falcatruas do evento, que não colocaria seu atleta para ser roubado como os outros, até porque na primeira edição do evento isso já havia acontecido e o erro não foi reparado como foi prometido.

Na edição passada o atleta foi roubado, e quando a organização foi questionada sobre o resultado assumiu seu erro, mas não divulgou publicamente e ficou por isso mesmo até a data da 2º edição, onde tudo seria tirado a limpo.

Deixo claro que até o momento concordo plenamente com sua opinião, pois estando presente no evento pude analisar e comprovar seus argumentos.

As falhas eram visíveis ao público, ultrapassavam os limites da discrição. As lutas estavam sendo narradas ao vivo, pelo que seria o locutor do evento, e o que mais me admirou não foi esta falha, foi a posição que ele tomou não sendo parcial narrando as lutas enaltecendo os lutadores de Jequié, pressionando nossos atletas.

Pressão que não ficou por conta somente do locutor “narrador”. Na luta do atleta Pit Bull não se sabia quem eram os corners, já que quatro pessoas rodeando o cage davam instruções ao atleta Dene Pedreira.

E os erros não pararam por aí, fomos informados não só o Professor Castro como eu, que busquei me aprofundar na situação, que o corpo de arbitragem era incapacitado, as mesas laterais foram dirigidas por pessoas leigas, como donos de lojas entre outros (possíveis patrocinadores).

A falta de capacidade (relatada por pessoas próximas aos organizadores) foi comprovada ao final da primeira luta, quando o atleta Fábio da Nordeste Jiu Jtsu (Salvador) enfrentando o atleta Gordo da cidade de Jequié “perdeu por pontos”, um combate onde se mostrou superior visivelmente os 3 rounds, dominando a luta em cima e no chão.

O resultado da luta não agradou nem ao público de Jequié, que apesar de aplaudir seu conterrâneo, manifestou perplexidade através de algumas pessoas.

Algumas pessoas ao meu lado comentavam sobre o equívoco, e até o atleta exaltou o acontecido comemorando com os amigos no corredor externo do ginásio com a frase: “apanhei mais ganhei! Eu não disse que ia ganhar?” (frase presenciada por mim e uma auxiliar).

Após o combate o professor Renato Castro convocou o responsável pelo evento e mais três testemunhas que estavam na organização para que fossem explicados os critérios de avaliação.

Ameaçado de perder a luta de mais outros dois atletas da equipe Nordeste Jiu Jitsu e sem conseguir explicar a vitória equivocada, o organizador do evento reconheceu o erro da arbitragem, mas se negou a apresentar isso para o público presente (temendo a reação) se responsabilizando em divulgar a vitória do atleta Fábio nos sites que faziam a cobertura do evento.

Com o intuito de não prejudicar os atletas que haviam se preparado para o evento durante meses o professor da Nordeste Jiu Jitsu resolveu manter seus atletas no evento.

No entanto os erros não foram corrigidos, a arbitragem sem ética passou a ser também despreparada e mais um resultado equivocado prejudicou a equipe de Salvador.

O lutador Uanderson Pit Bull que ganhou o respeito do público presente com clinches, joelhadas, chutes, socos, domínio de ringue, agressividade e sagacidade não conseguiu o mesmo com os juízes laterais que deram a vitória para seu adversário.

Mais uma vez foi buscada uma justificativa que novamente não correspondia com os fatos.

O organizador explicou para o representante da equipe que teria sido decorrente da perda de um ponto (tirado arbitrariamente) no momento em que o atleta cometeu uma falta. Pelo meu conhecimento antes que se tire um ponto, em uma falta leve deve se advertir o atleta duas vezes.

Essa regra de falta, assim como as outras não foram passadas em congresso técnico, como é dever da organização apresentar aos atletas.

O pior de tudo é que mesmo sem esse ponto o atleta não teria como perder, já que visivelmente deveria estar vencendo a luta com larga diferença de pontos (Em breve estarei colocando vídeos para que você leitor possa ter suas conclusões).

Como na edição passada a roubalheira ficou por isso mesmo, o organizador não teve a capacidade de se impor e recorrer nos resultados.

Finalizando a minha crítica, espero que o organizador do evento se posicione comentando sobre os vídeos e apresentando suas justificativas. É importante também que seja apresentado algo sobre o júri questionado, nomes, certificados de formação em arbitragem, lista de regras (que não foi apresentada no evento) e se possível as papeletas da luta para a verificação da veracidade dos resultados.

Fica a cargo do organizador apresentar a defesa da eficiência da arbitragem do seu evento, com argumentos próprios ou dos “júris”. Uma satisfação é muito importante para o público e ainda mais para os atletas que fazem o show.

Estamos esperando respostas!

Caso alguém queira entrar em contato diretamente com o organizador do evento, estou passando esse e-mail que nos foi fornecido para contato: rubens_jfc@hotmail.com

Jacimar Soares, (Cimal)

VÍDEO - LUTA DE PIT BULL

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